Quase toda a minha vida tive más experiências com vizinhos. Pronto! Não tenho sorte!
O único sítio onde os vizinhos eram como antigamente era no prédio onde morava a minha avó e onde, também eu, morei 19 anos da minha vida. Aí os vizinhos conheciam-nos desde pequeninos, perguntavam sempre como estávamos, regavam-nos as plantas quando íamos de férias, enfim, não eramos meros anónimos. Mas isso era dantes, quando as pessoas moravam no mesmo sítio desde o dia em que casavam até ao dia em que saíam já com os pés para a porta.
Hoje parecemos uns ciganos da era moderna... Não paramos no mesmo sítio, não criamos laços nem afinidades com as pessoas que moram paredes meias connosco.
Desde que saí desse prédio, agora envolto na neblina dos tempos, tenho tido sempre vizinhos antipáticos que dizem bom dia ou boa tarde quase como se estivessem a fazer um favor! No outro dia a minha vizinha da frente entrou em casa e fechou a porta sem sequer pedir licença! Não terá ela levado uns bons puxões de orelhas, em menina, por ser mal educada?
E que dizer de outro vizinho que não mora no apartamento, mas que faz visitas regulares ao mesmo, para, sempre que sai, cumprir o seguinte ritual: abre a porta, sai, fecha a porta, roda a chave num molho ruidoso de muitas outras chaves, agarra no puxador da porta, agita-a violentamente, chama o elevador, pára por uns segundos, volta atrás, agarra novamente no puxador da porta, torna a agitá-la violentamente... Sem comentários! Ele há cada pancada! E juro-vos que não há vez que ele não cumpra o ritual. Ele e eu, que vou sempre espreitá-lo na esperança de que um dia ele aja de forma diferente!
O único sítio onde os vizinhos eram como antigamente era no prédio onde morava a minha avó e onde, também eu, morei 19 anos da minha vida. Aí os vizinhos conheciam-nos desde pequeninos, perguntavam sempre como estávamos, regavam-nos as plantas quando íamos de férias, enfim, não eramos meros anónimos. Mas isso era dantes, quando as pessoas moravam no mesmo sítio desde o dia em que casavam até ao dia em que saíam já com os pés para a porta.
Hoje parecemos uns ciganos da era moderna... Não paramos no mesmo sítio, não criamos laços nem afinidades com as pessoas que moram paredes meias connosco.
Desde que saí desse prédio, agora envolto na neblina dos tempos, tenho tido sempre vizinhos antipáticos que dizem bom dia ou boa tarde quase como se estivessem a fazer um favor! No outro dia a minha vizinha da frente entrou em casa e fechou a porta sem sequer pedir licença! Não terá ela levado uns bons puxões de orelhas, em menina, por ser mal educada?
E que dizer de outro vizinho que não mora no apartamento, mas que faz visitas regulares ao mesmo, para, sempre que sai, cumprir o seguinte ritual: abre a porta, sai, fecha a porta, roda a chave num molho ruidoso de muitas outras chaves, agarra no puxador da porta, agita-a violentamente, chama o elevador, pára por uns segundos, volta atrás, agarra novamente no puxador da porta, torna a agitá-la violentamente... Sem comentários! Ele há cada pancada! E juro-vos que não há vez que ele não cumpra o ritual. Ele e eu, que vou sempre espreitá-lo na esperança de que um dia ele aja de forma diferente!