30 junho 2009

Para ti L

Foto retirada daqui


apesar do que se perdeu e não volta...

apesar do que podia ter sido e que nunca saberemos como seria...

apesar do impossível retorno ao que se foi...

apesar do bem que repousa nos labirintos da memória...

apesar do mal que ainda permanece em chaga latejante...

apesar...

quero-te muito bem

e desejo que este dia se repita muitas vezes na vida que escolheste para ti



29 junho 2009

"Um perpétuo movimento"

Porque ficará sempre ligada àqueles dias carregados de um azul que nos inundou os olhos.

21 junho 2009

Do silêncio e do tempo

Imagem retirada daqui.


O silêncio como espaço de reflexão, de recolhimento, de introspecção e sobretudo de esquecimento. A solidão que o acompanha, pesada, vivida e sofrida entre quatro paredes, de janelas fechadas ao mundo, sem querer saber se é dia ou noite, esperando o tempo passar num misto de letargia e torpor conscientes, mas incontornáveis.

O tempo tudo cura. Não será inteiramente verdade, mas que é paliativo, não há dúvida.

Racionalmente, temos consciência de que se consegue ultrapassar tudo nesta vida, mesmo quando nos sentimos completamente destroçados, mesmo quando pensamos que as feridas não vão cicatrizar mais e que ficarão para sempre abertas.

Sinto-as muitas vezes, feridas que carrego em carne viva, dissimuladas por baixo da pele, e que basta um pequeno toque, mesmo ao de leve, para que se desperte a dor adormecida, a dor que se quer esquecer e calar...

07 junho 2009

Consciência reprimida



Joana caminha sem destino pelas ruas com o seu coração pequenino nas mãos. Um coração pequenino mas transbordante de amor que pulsa forte. Tão forte que cresce sempre que alguém o invade. Por vezes chega a atingir um tamanho quase gigantesco porque só assim Joana sabe amar. E mesmo gigante parece minúsculo e insignificante aos olhos dos outros e só Joana sabe o peso que carrega que vai para além de si, que a ultrapassa e dela toma conta. O peso do amor inconfessado apenas em pequenos, muito pequenos, gestos timidamente desvendado. E a dor do seu coração vendo-se assim diminuído porque reprimido vezes sem conta, continua a latejar enquanto Joana segue sem rumo pelas ruas cheias de caras anónimas que a tomam por invisível e ignoram o seu enorme coração vermelho.

01 junho 2009

O gostinho agridoce...

A propósito disto, folgo em dizer que por vezes se faz justiça. Porque quando se tem plena consciência de que se vestiu a camisola, por mais esburacada que ela seja, de que se deu o litro, mesmo quando pareceram toneladas em torrente, dói o não reconhecimento, dói mesmo muito. Todavia, quando há o discernimento de voltar atrás e dar a mão à palmatória, sem benevolência, mas por mérito (sem qualquer ponta de humildade!), sabe bem!

Infelizmente toda a situação envolvente, bem como outros pequenos senãos funcionaram como um balde de água fria sobre a motivação que já de si esmorecia. Por isso a minha postura mudou porque é difícil lutar contra os moinhos da "competência" que esconde a pequenez oca e tacanha ganha através de estratagemas e conluios.

Enquanto não puder deixar de ser mais uma peça na engrenagem, recuso-me terminantemente a compactuar com o establishment.