23 março 2009

Ansiedade



Joana ama e sempre que ama, ama intensamente, sem nexo, até cegar, até que as entranhas se lhe enrodilhem de tanta ansiedade.

Joana quer muito e quer agora, já, porque a espera é demasiado insuportável, porque o coração cresce para lá do tamanho do peito, porque tem uma ânsia de ser acarinhado que vai para além do absurdo.

Joana recebeu ternura, um gesto simples que coroou o que já antecipara, e isso bastou para que o turbilhão tomasse forma e seguisse imparável.

Joana foi cativada e agora aquela "rosa" é já para si única no mundo e o seu perfume incomparável.

Joana quer tanto, que a vontade sai de si como raios de sol, umas vezes, como tempestade, outras.

Joana quer e deseja e suspira dolorosamente pelo perfume da "rosa" que a cativou sem querer, que a cativou apenas por ser!

4 comentários:

Bruno disse...

Todas as rosas escondem alguns espinhos. Por vezes torna-se mais interessante encontrar um espinho no qual descobrimos uma rosa, do que uma rosa que acaba por nos esconder alguns espinhos.

A disse...

Obrigada pela visita e pelas palavras.

Luís Galego disse...

quem sabe se Joana não irá ter o que merece...gostei do alter-ego, gostei da beleza do texto

A disse...

Ai se não fossem os amigos... Beijo grande maninho